Transplante Renal

Transplante Renal

O transplante de rins é um procedimento cirúrgico realizado em pessoas com doença renal grave e perda permanente da função renal. No Samaritano Higienópolis, realizamos transplantes de rim, tanto de doador vivo como falecido, em adultos e crianças, inclusive em casos mais complexos, como os de pacientes pediátricos com menos de 15 quilos e pacientes hipersensibilizados. Nossa estratégia de cuidado integrado (que começa bem antes do transplante ser necessário), as abordagens inovadoras que adotamos e a sólida experiência de nossa equipe garantem para nossos pacientes resultados comparáveis aos da literatura científica internacional.

Nossos números

INFO-TR-01

Resultados

INFO-TR-02

 

*Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.  
**Dados relativos aos pacientes pediátricos transplantados no Samaritano Higienópolis no período 2021-2022. Avaliação efetuada com a aplicação do questionário PedsQL, que abrange oito domínios: capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, limitação por aspectos emocionais e saúde mental.

Cuidado Integrado

O Centro Renal de Tratamento Integrado (CRTI) é o grande destaque do modelo de cuidado que adotamos no Samaritano Higienópolis. Trata-se de uma estrutura ambulatorial dedicada aos pacientes com doença renal crônica a partir do estágio III, com acompanhamento multidisciplinar contínuo até o momento do transplante e no pós-transplante. A equipe é composta por nefrologista adulto e pediátrico, urologista adulto e pediátrico, cirurgião vascular, psicólogo, assistente social, farmacêutico, nutricionista e enfermeiro especialista.

 

No CRTI, os pacientes contam com uma estrutura completa de cuidados em um único local, incluindo desde o tratamento conservador da doença renal crônica até modalidades de diálise mais complexas, como a hemodiafiltração online.

 

Equipamentos de última geração e uma equipe altamente qualificada garantem qualidade e segurança aos nossos pacientes.

 

Quando ocorre a indicação para transplante renal, nossa equipe realiza os testes e avaliações para verificar a existência de um doador compatível na família (ou outras situações permitidas por lei para doadores vivos). Além disso, providencia a inclusão do paciente na fila de espera de doador falecido.

Quem pode doar?

Doadores vivos

• Pessoas da família com até 4° grau de parentesco e cônjuges.

 

INFO-TR-03

 

• Não parentados em condições especiais (sob autorização judicial).

 

A legislação brasileira permite que qualquer pessoa doe um de seus órgãos duplos para transplante, desde que a doação seja gratuita e não comprometa sua saúde.  

 

Além de exames para verificar a compatibilidade, o doador passa por uma avaliação para checar seu estado de saúde. É certificado se ele tem função renal normal e inexistência de risco de doença renal após a doação.

Doadores falecidos

Órgãos de pessoas falecidas podem ser doados para receptores compatíveis desde que a família autorize, ou o próprio indivíduo tenha formalizado a autorização em vida.

 

Quem precisa do órgão de um doador falecido entra em uma lista de espera organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

 

O tempo de espera é variável e depende do surgimento de um doador compatível. Como pode ser chamado a qualquer momento, é importante que o paciente esteja em boas condições para a cirurgia, o que exige um acompanhamento multidisciplinar contínuo.

Pós-Transplante

Após o transplante, o paciente e seus familiares recebem orientações detalhadas. Também nessa etapa, seguimos protocolos rigorosos. São mais de 22 consultas somente no primeiro ano de acompanhamento. Além disso, temos reuniões multidisciplinares semanalmente para discussão de casos mais complexos, o que contribui para uma visão holística, com altos índices de qualidade e segurança em todos os nossos procedimentos.

 

Preparação de pacientes hipersensibilizados

 

Pacientes hipersensibilizados são aqueles que, ao longo do tempo, desenvolvem anticorpos anti-HLA (human leucocyte antigen), uma importante barreira ao transplante, pois esses anticorpos atuam como agentes antidoador. Pacientes com essa condição podem passar por um tratamento de dessensibilização, com o uso de medicações que ajudam a diminuir o anticorpo que age contra um determinado doador, no caso de falecido, ou através de alguns procedimentos, como a plasmaférese (tratamento que remove e substitui o plasma sanguíneo do paciente), quando o doador é vivo.

 

Somos uma das poucas instituições do Brasil com médicos e equipe multidisciplinar especializada no cuidado de pacientes hipersensibilizados, promovendo a dessensibilização e viabilizando o transplante com resultados bastante positivos.

Resultados do transplante renal em pacientes hipersensibilizados*

PERFIL DO PACIENTE

SOBREVIDA         
DO PACIENTE

SOBREVIDA         
DO ENXERTO

REJEIÇÃO

Sensibilizados sem anticorpos específicos

87%

90%

4%

Sensibilizados com anticorpos específicos

91%

92%

30%

Não sensibilizados

94%

97%

1,5%

*Os indicadores referem-se ao estudo retrospectivo realizado pela Dra. Raquel Cruzeiro e orientado pela Dra. Maria Cristina Castro, com análise de dados de 247 pacientes maiores de 18 anos sensibilizados e não sensibilizados submetidos a transplante renal no Samaritano Higienópolis entre janeiro de 2008 e dezembro de 2016. O estudo focou na sobrevida do paciente e do enxerto quatro anos após o procedimento. Aos quatro anos pós-transplante, a função renal do enxerto foi semelhante tanto entre pacientes hipersensibilizados como não sensibilizados. O mesmo foi observado em relação às taxas de complicações infecciosas.

 

Suporte ao doador vivo

 

Doadores vivos contam com todos os cuidados médicos e multidisciplinares para o sucesso no procedimento de retirada do órgão, sua rápida recuperação e acompanhamento depois da alta.

Nossa estrutura

  • Ambulatório do Centro de Transplantes com consultórios específicos para atendimento de pacientes com indicação de transplantes de órgãos sólidos e equipes assistencial e multidisciplinar especializadas.
  • Unidades de internação e de cuidados intensivos distintas para pacientes adultos e pediátricos.
  • Centro cirúrgico exclusivo para transplantes com as mais avançadas tecnologias.
  • Exames laboratoriais e de imagem com recursos de última geração e profissionais altamente qualificados.
  • Integração com outras especialidades médicas, de acordo com a necessidade do paciente.
  • Equipe multidisciplinar à disposição de pacientes e familiares 24 horas por dia, sete dias por semana.

 

Acompanhamento e suporte do pré ao pós-transplante. Clique aqui para saber mais.

Transplante Renal Pediátrico

Com uma bagagem de mais de 520 transplantes pediátricos realizados, não é apenas esse número que faz do nosso hospital um polo de referência nesse tipo de procedimento. Dentre outros pontos, vale destacar:

 

  • Nos primeiros 10 anos de funcionamento, realizamos, em média, 38 transplantes pediátricos por ano, enquanto a média em outros centros do mundo gira em torno de 10 a 12.
  • 37% dos nossos procedimentos são feitos em crianças com menos de 15 quilos (11% com menos de 9,5 quilos), algo efetuado em pouquíssimos centros transplantadores do Brasil e do exterior.
  • A média de idade para realização do transplante renal pediátrico no mundo é de 12 anos (com peso médio dos pacientes entre 35 e 40 quilos). No nosso hospital, a média é de 9 anos de idade (média de peso de 28 quilos).
  • Nosso programa de transplante renal pediátrico foi o primeiro programa clínico da área certificado pela Joint Commission International (JCI) no mundo, um reconhecimento incontestável da qualidade e segurança dos cuidados que proporcionamos aos nossos pequenos pacientes. A certificação foi em 2019 e a recertificação em 2022. 
  • Os índices de sucesso nos nossos transplantes renais pediátricos são muito expressivos, inclusive em crianças de baixo peso. Um estudo realizado com 130 crianças com menos de 15 quilos submetidas ao transplante renal em nosso hospital entre 2009 e 2017 mostrou um índice de sobrevida de 97% após um ano do procedimento e de 95% após cinco anos, sendo que 87% delas estavam com o órgão em condições funcionais. O estudo foi publicado na revista Transplantation, que também dedicou ao tema o editorial da edição.

 

Os bons resultados obtidos são fruto do modelo de cuidado que adotamos, da expertise da nossa equipe e da adoção das melhores práticas:

 

  • Cuidados integrados do pré ao pós-transplante com suporte da equipe do Centro Renal de Tratamento Integrado.
  • Unidade exclusiva de diálise para pacientes pediátricos (muitos precisam desse serviço até chegar o momento do transplante).
  • Alto nível de especialização e técnica apurada dos cirurgiões transplantadores, especialmente na delicada conexão entre os vasos sanguíneos.
  • Nefrologistas pediátricos e especialistas habilitados para tratar problemas comuns nos pacientes pediátricos, como procedimentos para corrigir malformações do sistema urinário.
  • Moderna UTI pediátrica para os cuidados após a cirurgia.
  • Instalações de internação acolhedoras, com quartos preparados para proporcionar conforto aos pequenos pacientes e pais/mães ou responsáveis.
  • Além disso, nossa equipe oferece treinamento aos profissionais dos hospitais que enviaram os pacientes pediátricos para o Samaritano Higienópolis, preparando-os para dar continuidade aos cuidados quando eles retornarem aos seus locais de origem depois da alta.  Mais de 50% das crianças submetidas a transplante renal em nosso hospital provêm de outros Estados.   
     
Selo